Não se pode mais ser alheio às tecnologias no que se relaciona às práticas educacionais nas escolas. As T.I.C.s (Tecnologias de Informação e Comunicação) fazem parte do cotidiano de alunos, professores, pais, enfim, de toda a comunidade. São de extrema importância em todos os âmbitos da vida, logo não as inserir nos currículos educacionais é tapar os olhos para o presente e também para o futuro. Mas de que maneira se pode utilizar essas novas tecnologias em classe aproveitando todo seu potencial e se evitando cair no tradicionalismo?
Afinal, o que é tecnologia?
Um grande equívoco que muitas pessoas cometem é associar precocemente tecnologias com informática, algo que não é totalmente correto. A professora pedagoga Giani Pirozzi (foto), em seu artigo “Tecnologia ou Metodologia?” afirma que tecnologia nem sempre está relacionada à informática. Tecnologia seria tudo que o ser humano faz para se beneficiar e melhorar sua qualidade de vida.
A partir dessa concepção de tecnologia, pode-se evitar outro erro comum: achar que se está trabalhando com tecnologias ao utilizar slides, por exemplo. Apenas se está aplicando o tradicionalismo a partir de outras facetas. Tecnologia é muito mais complexo que apenas aparatos tecnológicos ou levar a classe à sala de informática para que pesquisem informações, afinal, tudo ao nosso redor é tecnologia. Há algumas décadas, por exemplo, o quadro negro era um aparato tecnológico porque facilitava a vida de professores e alunos. Hoje em dia, o quadro negro vai dando lugar aos quadros interativos. Ou seja, com o passar do tempo novas tecnologias vão nascendo com o intuito de suprir novas demandas e problemas. As T.I.C.s são ferramentas que devem ser incorporadas ao cotidiano escolar como meio de promover o processo de aprendizagem.
E como ficam os papeis de professor e aluno nessa nova realidade?
Outro ponto que deve ser viés de reflexão é o do professor como mediador do conhecimento. Pirozzi adverte que os alunos são nativos digitais e sabem utilizar a tecnologia facilmente para se comunicar, buscar informações, lazer, etc. Logo, um professor que insiste no tradicionalismo se torna repetitivo e obsoleto, já que tudo que ele ensina o aluno pode encontrar facilmente dando um google. O aluno já não mais aprende de forma linear, como era nas décadas passadas. Com a tecnologia, ele se tornou um ser ativo, que busca informações de forma simultânea através de hiperlinks e não vê mais o professor como detentor do conhecimento. E realmente o professor não o é mais e deve estar ciente disso. O educador deve dominar as tecnologias com o intuito de mediar o conhecimento que o aluno adquire em esses meios, ou seja, favorecer, desenvolver e discutir o modo como seus aprendizes alcançam o conhecimento, o que, com certeza, não parece ser uma tarefa nada fácil.
Então…
É preciso humanizar as tecnologias para se promover a aprendizagem. Primeiramente, devemos nos desvincular da ideia de tecnologia associada à informática. Tecnologia pode ser considerada como muito mais que isso: é tudo criado para facilitar nossas vidas, desde um celular até a linguagem que usamos para nos comunicar. Logo, é de extrema importância incorporar as T.I.C.s no cotidiano escolar e na ação docente como forma de amenizar as dificuldades de aprendizagem. Além disso, é preciso se ter em mente que os alunos já dominam as T.I.C.s com excelente destreza, o que também modificou totalmente a forma como eles aprendem. O educador deve utilizar as T.I.C.s em sala de aula como meio de conectar-se à realidade da comunidade que nos envolve e principalmente propiciar meios de facilitar e incrementar a aprendizagem de seus alunos.
E você, consegue perceber a forma como as novas tecnologias mudaram sua forma de aprender ou ensinar? Compartilhe sua experiência conosco.
Referência:
PIROZZI, Giani Peres Tecnologia ou metodologia? O grande desafio para o século XXI SESI/CEUNSP Revista Pitágoras ISSN 2178-8243, v.4, n.4. FINAN – Nova Andradina/MS, dez/mar 2013. Disponível <http://faculdadefinan.com.br/pitagoras/downloads/numero4/tecnologia-oumetodologia.pdf>
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