Sabe aquela história de um grupo de pessoas que deviam uma mesma quantia entre elas e que, quando alguém se dispôs a emprestar, todos receberam porque o dinheiro circulou entre eles? Então, histórias como essas surgiram com a preocupação de se ensinar sobre como lidar com economias, conforme a crise se intensificou na arena política global.
Desde 2008, existe um esforço entre órgãos internacionais como a OCDE, para que a importância das questões associadas à Educação Financeira não seja restrita à especialistas e a macroeconomia, mas para fazer com que classes mais baixas entendam como a microeconomia afeta toda a cadeia. O resultado são aquelas reportagens em que se pede para fazer o dinheiro circular comprando dos pequenos mercados.
No entanto, o que é preciso falar, como dito no artigo educação financeira: mais do que uma nova disciplina na grade curricular é o fato do Brasil ser o único país cujo educadores têm papel predominante na estratégia nacional de educação financeira.
Por isso, vale a pena destacar abaixo os benefícios que a Educação Financeira promove na mudança de comportamento e de velhos hábitos com relação ao dinheiro nas escolas.
NO ENSINO FUNDAMENTAL
Conforme diretrizes da AFEC – ASSOCIAÇÃO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA, o conjunto de ferramentas utilizadas envolvem planejamento de vida, fazendo com que as turmas desenvolvam uma interação coletiva de longo prazo.
Nessa fase inicial da vida, a escola consegue suprir a falta de informação que muitas crianças não tem em casa. Dessa forma, elas também desenvolvem o hábito de poupar corretamente e aprendem ludicamente como levar o assunto aos seus pais. A aprendizagem se torna mais dinâmica e contribui para o conhecimento em Língua Portuguesa e Matemática ao desenvolver boa interpretação das variáveis, e claro, uma maior aproximação com somas, divisões e afins.
NO ENSINO MÉDIO
Em 2014 o MEC divulgou na Semana Nacional de Educação Financeira, uma avaliação do Banco Mundial que apontou maior capacidade do jovem para poupar, listar despesas mensais, negociar e analisar melhor suas compras.
Nessa fase, grande parte dos indivíduos já foram apresentados aos hábitos de consumo e muitos já trabalham para pagar seus compromissos. Por isso, aprender a lidar com dinheiro significará também aprender a lidar com as ansiedades do futuro e ter maior propriedade para traçar objetivos de carreira, relacionamentos e para construir uma reserva de emergência, evitando que o início de sua vida financeira seja conturbada.
Também é nessa fase que os alunos poderão aprender a acompanhar os relatórios da economia e a importância das mudanças nas relações econômicas, já que o peso do processo de globalização começa a aparecer para esse público em forma de cobranças constantes sobre sucesso, realizações pessoais e capacidade de ser auto-suficiente financeiramente.
PARA AS ESCOLAS
Há também os benefícios para as escolas, que vão desde destaque no mercado por oferecer um ensino diferenciado, até ter redução da inadimplência ao estender o ensinamento para os pais, colaborando para lidar melhor com suas finanças.
Além disso, os professores ao terem contato com o conteúdo, assumem o controle de seus orçamentos e melhoraram a sua autonomia financeira, resultando em um melhor ambiente de trabalho, devido aos benefícios que o controle financeiro traz para humor e saúde emocional.
O educador que quiser levar a proposta para sua escola, terá como ajuda na implementação efetiva o documento Orientação para a Educação Financeira, disponibilizado de forma gratuita na internet, elaborado pelo ENEF (2010).
Sem dúvidas, muitos são os benefícios que a educação financeira pode proporcionar, sendo a principal delas servir como aquele personagem que emprestou o dinheiro para quebrar o ciclo de pessoas endividadas e criar uma nova geração de pessoas satisfeitas financeiramente. Ou seja, não vale a pena ficar de fora, né?
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