Vivemos tempos muito conturbados, em que alguns valores e princípios elementares das relações humanas, têm sido relegados a segundo plano. Muitas das vezes, eles são completamente desconsiderados.
Com a franca abertura dos contatos via redes sociais, a maioria das pessoas “relaxa” um pouco dessa necessidade de utilização dos conceitos básicos de educação e respeito, exatamente por se encontrar em um veículo de comunicação de massa, muito prático, muito veloz, em um conceito imediatista, pensam não ser necessário o cuidado.
Porém, exatamente quando estamos nos comunicando à distância, sem visualizar o interlocutor, se faz cada vez mais presente, a necessidade de utilização da cortesia, do respeito aos limites do outro, da boa e velha educação de base, as práticas da etiqueta e comportamento social.
Temos que ter em mente sempre, “posso mas não devo”, “quero mas não posso”. Porque não devemos fazer ao outro aquilo que não desejamos que nos façam.
Tudo aquilo que é desconfortável ao outro, ofensivo, que pode ser desagradável, gerar constrangimento, deverá ser evitado.
As boas relações se fazem, exatamente com as boas práticas.
Com quem eu falo, para quem eu falo, sobre o quê ou sobre quem eu falo, é de primordial importância!
Ao definirmos com quem nos comunicamos, precisamos estabelecer o nível da conversa, e os rumos que ela deverá tomar.
Mesmo quando estamos no nosso grupo de amigos, quando estamos mais à vontade, em momentos de lazer, as boas práticas se fazem necessárias.
Não se deve descuidar do comportamento social em nenhum momento!
Fazemos parte de vários grupos sociais que antecedem a internet. Sejam pessoas do nosso grupo familiar, da igreja que frequentamos, da prática esportiva, do curso de inglês, da nossa escola, e tantos outros mais.
E, para sermos pessoas “queridas”, “desejadas” naqueles ambientes ou grupos, se faz necessário que pratiquemos as boas relações, para que possamos voltar sempre, para que sejamos convidados a participar sempre, para que a nossa marca pessoal seja uma referência, e a nossa imagem não seja “arranhada” por posturas tolas, verbalização não condizente com o momento ou com o grupo, posturas inadequadas ou equivocadas, nosso vocabulário seja condizente com o nível daquilo ou daquele lugar que frequentamos, e do respeito que aquelas pessoas que fazem parte do grupo, merecem!
Nesse mesmo caminho, as relações entre pessoas hierarquicamente agrupadas, sejam quais forem essas interdependências ou correlação, devem igualmente ser protegidas pela educação e as boas práticas do comportamento social.
Até quando discordamos de alguém, existe uma forma mais adequada de falar do nosso inconformismo, ou da nossa contrariedade em relação àquela posição assumida pelo outro.
Se não cuidarmos da forma pela qual nos posicionamos, como colocamos nossas ideias ou, como contrapomos uma ideia, já entramos em uma discussão com reduzidas possibilidades de êxito.
Mesmo em uma democrática sala de aula onde, diuturnamente, os alunos estão em um contato aberto com o professor, cabe ao professor lembrar sempre como deve se posicionar diante dos alunos para manter sua credibilidade e respeito profissional, assim como, esses mesmos alunos, por mais amigos que sejam dos seus professores, devem resguardar o respeito que o profissional merece e conquista a cada dia, no exercício do seu mister, sendo essencial que se comuniquem sempre primando pela boa educação de base!
Afinal, quem não gosta de conviver com gente inteligente, educada, que respeita o outro?
O comportamento social é uma chave que abre muitas portas!
- Educação – Etiqueta e Comportamento Social - setembro 24, 2018